Fui fazer um test-drive


Palavra que às vezes acho que o meu marido é maluco ou não me conhece de todo. A minha pessoa gosta de carros pequenos, quanto mais pequenos, melhor; já tive um Daewoo Matiz, já tive um Chevrolet Aveo, agora tenho um Peugeot 108 e o maior carro que alguma vez conduzi foi um Fiat Punto; todos em 2ª mão, nunca tive um carro novo. E em 31 anos de carta, quase 32, foram estes os meus carros.

Um carro nas minhas mãos dura uma vida, porque sou extremamente cuidadosa, quer a conduzir, quer com a manutenção dos carros (mas não estou livre de um qualquer azar!). E sempre troquei de carro por questões de necessidade e/ou segurança:

Tinha o Matiz em Lisboa, troquei para o Punto porque mudei para a margem sul e tinha que atravessar a ponte todos os dias, muitas vezes com muito mau tempo e o Matiz era demasiado leve (mesmo) e comecei a ter medo; mudei do Punto para o Chevrolet porque o meu marido o comprou para ele por ser bi-fuel (gasolina + GPL), mas depois achou que era muito pequeno e trocámos (ele passado uns meses trocou o Punto por uma carrinha); andei com o chevrolet durante 10 anos e troquei-o pelo Peugeot porque dividia o carro com a minha filha e uma parva qualquer que vinha agarrada ao telemóvel resolveu espetar-se em cheio no carro quando a minha filha estava a fazer uma manobra devidamente sinalizada; a miúda não ganhou para o susto (cheguei a pensar que ela nunca mais ia conduzir um carro na vida) e o carro foi praticamente para a sucata.

Na altura não estávamos muito abonados de dinheiro e a carrinha do meu marido estava a começar a dar problemas, ele já andava a pensar em trocá-la; eu ainda ponderei ficar uns tempos sem carro, mas na altura fazia mesmo falta e conseguimos um bom negócio ao trocar a carrinha do meu marido e trazer o Peugeot em simultâneo. Isto em 2019.

Ora o Peugeot só tem 4 lugares, é minúsculo, parece um ovo, quase não tem mala e tanto o meu marido como o meu filho batem com a cabeça no tejadilho se não tiverem cuidado; já tem 9 anos e as borrachas estão a começar a ir à vida (acho que tem mesmo defeito de fabrico, mas como já o comprei usado, não faço ideia do que se passou com o carro antes de chegar às minhas mãos; mas neste momento tenho verdete na zona da chapa de matrícula e uma florzinha a nascer junto à borracha do vidro da frente!). Eu sou menina para continuar com ele mais uns 10 anos pelo menos, mas o meu marido enfiou na cabeça que tenho que trocar de carro e quer porque quer que eu vá buscar um Dacia Sandero Stepway, porque é mais carro, é baratinho (no conceito dele), é novo, tem sensores disto e daquilo e daqueloutro, e tem mala, e gasta pouco, e é bi-fuel... e podia continuar com os argumentos dele, mas já chega.

Vai daí, hoje obrigou-me a ir experimentar o carro; e sim, a condução é diferente, é mais confortável, tem mala, ninguém bate com a cabeça, já é carro para me meter nele e ir ao norte almoçar com a minha filha se me apetecer (o peugeot também vai, claro, mas é diferente, sem dúvida), tem uma série de sensores que me facilitariam a condução, etc. Fico com um carro que só passou pelas minhas mãos, que se não tiver problemas de fábrica e não acontecer nenhuma desgraça é bem capaz de ficar nas minhas mãos ad eternum. E sim, tenho como pagá-lo sem recorrer a crédito e sem ficar descalça perante eventuais contratempos desta vida, senão esta hipótese nem se colocava.

Neste momento, estou a ponderar prós e contras; por curiosidade, o que é que vocês fariam?


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Comentários

  1. Gosto de carros pequenos também - até agora só tenho conduzido o Opel corsa, primeiro o da minha mãe e depois um Sport e agora o actual quase com doze anos - gosto do que tenho e ainda me parece novo, mas se fosse trocar queria um Sport de novo porque é mais seguro, assusta-me o que tenho agora porque quando está vento estremece e eu ando normalmente devagar...

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  2. Eu não percebo nada de carros. Mas carro novinho em folha, pessoalmente, acho que não compensa. Mesmo não recorrendo a créditos, que é óptimo.
    Tenta ver um, de serviço. No máximo com 1 ou 2 anos. É que eles desvalorizam tanto, mas tanto assim que saem e por causa dos impostos... Não sei, não.

    Beijocas

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    1. Pois, eu também percebo pouco de carros, mas aparentemente esta marca é das que menos desvaloriza no mercado... Num de serviço com 2 anos tiram-me 800€ em relação ao valor de um novo e não tinha tantos equipamentos, era a versão inferior; com 4 a 5 anos, o mais baratinho que encontrei em pesquisas na net, já com 92000km, ficava 4000€ mais barato! O meu marido foi no ano passado buscar uma carrinha Ford Focus com 4 anos, comprou-a literalmente por metade do preço em relação à mesma carrinha nova; na Dacia, pelos vistos, o mesmo não acontece :( Mas ainda vou pesquisar mais um bocado; e isto é se resolver comprar alguma coisa, porque por mim fico com o Peugeot e pronto, não me chateio e não gasto dinheiro!

      Um beijinho e obrigada pela tua opinião :)

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  3. Acho que depois desta exposição toda, só estaria na dúvida com a cor... ;)
    Beijocas

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    1. Lol! Na cor não tenho dúvidas (seria branco porque me recuso a pagar um balúrdio por uma pintura metalizada), tenho é na decisão! Para ser sincera, prefiro ficar com o meu Peugeot, que serve perfeitamente para as minhas voltinhas do dia a dia; o que realmente me deixa na dúvida é o poder pegar no carro e ir ter com a minha filha quando me apetecer.
      Mas também sei que o meu marido não me vai largar da mão com este assunto, que já não é novo cá por casa. E aquele, quando mete uma ideia na cabeça... É de fugir.

      Um beijinho :)

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